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Choro de África
Quem sou eu!
Eu! eu sou a terra mais fértil
A terra onde o sol brilha mais
Terra que o sábio semeia e o tolo a pisa
Semeia em mim, semeia em mim a semente so amor, esperança, liberdade, paz e o perdão
Pois sou fértil e preciso ser explorada, por homens sábios e não tolos, porque o tolo só desgraça traz ao seu povo
Sinto-me pronta para brotar,
Brotar frutos que trazem vida e compatriotismo,
Frustos que sustentam uma nação, frutos que matam a fome,
A fome que assola África, fome mental e espiritual, a fome que assassina os seus sonhos!
Deixem a chuva cair, chuva que acalma a minha alma, com a mão negra sobre a terra, sentir de perto o cheiro da terra molhada! acalma a minha alma com a mão negra sobre a mesa,
Acalma a minha alma com o devolver do sorriso, dessa terra que com espinhos ainda espera germinar, enquanto isso não descansarei, pelejarei pelo meu povo,
Colmatarei as lacunas, lacunas criadas poe ganância, ganância essa que leilou o meu povo, mas quando a primavera chegar, veremos a beleza do nosso esforço a partir do sorriso de uma criança.
© Desidéria Makiesse Grácio