...

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Albertina
Sorriso fácil
Peito irto e firme
Doce e forte
Irritável e desenvolta
Fortuna certa, longa e esbelta
Ah, Leonor porque te apressas
Em me expurgar da tua ladeira
Cabelos pretos e olhos verdes
Mãos grandes e pele macia
Suave aperto de mão
Carinhoso abraço apertado
Dolorosas palavras para embaraço
Sempre com voz ativa e peremptória
Saborosos cozinhados sofisticados
Alinhamentos de mesa matemáticos
Vinhos associados à comida
Leonor, puma albino e colibri
Fogo na língua e sabor
Sentido de vida definido
Imutável negacão à mudança
Despojo da morte afável
Imortal dia a dia.

Leonor, acerta-me na facilidade
De negares o díficil
Aquilo que escolhes é certo
Porque da alma é sugerido
Da razão apenas o simples
Porque ao simples apela o coração
Ao sentido da emoção.
Lábios escarlates e breves
Pernas grossas e afáveis
Longos olhares indiscretos
Semblante sereno
Pensamento lento e certo
Despodurada desenvoltura
Leonor não facilites
Na dificuldade em dares
Vive a tua magia
E se na camas és fogo
Na vida és sedução.


© From east to west